Educação, Trabalho e Socialização de Gênero: Quando Ser Mulher Pesa Mais na Balança da Desigualdade Social
DOI: http://dx.doi.org/10.15603/2176-1043/el.v11n18p170-185
https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/index
Sandra D. Souza1
Resumo: O tema da desigualdade social demanda uma discussão acerca das desigualdades de gênero. Tais desigualdades não se restringem aos aspectos materiais e envolvem um complexo simbólico que define lugares distintos para homens e mulheres no campo da educação e do trabalho. A escolha pela capacitação em uma área de conhecimento específica e o fato de as mulheres serem pior remuneradas do que os homens pode estar diretamente relacionada com sua socialização. O objetivo do presente artigo é dialogar, numa perspectiva de gênero, com alguns dados sobre o crescimento da presença feminina na educação formal e no mercado de trabalho brasileiro.
Palavras-chave: Desigualdade de gênero – Socialização – Educação – Trabalho
Abstract: The social inequality theme requires a discussion on gender inequalities. Such inequalities are not confined to material aspects and involve a symbolical complex that establishes different places for men and women in the fields of education and labor. The choice for education in a specific knowledge field and the fact that women are worse paid than men may be directly related to their socialization. The purpose of the present article is to dialogue, in a gender perspective, with some data on the growth of the female presence in formal education and in the Brazilian labor market.
Key words: Gender inequality – Socialization – Education – Labor.
1 Doutora em Ciências da Religião, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e coordenadora do Mandrágora/Netmal – Grupo de Estudos de Gênero e Religião.
Literatura Citada
BERGER, Peter. O dossel sagrado. São Paulo: Paulinas, 1985.
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
BRIDGE. Population Reference Bureau. Washington DC, 2006.
DIEESE. A situação do trabalho no Brasil. São Paulo: DIEESE, 2001.
FOLHA ON LINE. Mulheres chefes de família chegam a quase 30% das ocupadas em agosto. Rio de Janeiro: Folha on line, 04.10.2006.
GODINHO, T. et al. Trajetória da mulher na educação brasileira – 1996-2003. Brasília, DF: INEP/MEC/SPM, 2005.
MATOS, Maria Izilda S. História, mulher e poder: da invisibilidade ao gênero. In: SILVA, G.; NADER, M. B.; FRANCO, S. P. História, mulher e poder. Vitória: EDUFES, 2006. p. 9-23. (Introdução.)
SANCHES, Solange. As mulheres no mercado de trabalho brasileiro. http://www.observatoriosocial.org.br/arquivos_biblioteca/conteudo/00015650EmRevista5.pdf. Acessado em 3 de agosto de 2008.
SIQUEIRA-BATISTA, R. & SCHRAMM, F. A saúde entre a iniqüidade e a justiça: contribuições da igualdade complexa de Amartya Sen. Ciência e Saúde Coletiva, Jan./Mar., vol.10, no.1 p. 129-142, 2005.
SOUZA, Sandra Duarte de. Violência de gênero e religião: alguns questionamentos que podem orientar a discussão sobre a elaboração de políticas públicas. Mandrágora, São Bernardo do Campo, Universidade Metodista de São Paulo, n. 13, p. 15-21, 2007.
SPITZ, Clarice. Mulheres chefes de família chegam a quase 30% das ocupadas em agosto. Disponível em: www.folha.com.br. Acesso em: 28 jul. 2008.